sábado, 15 de setembro de 2012

O pior dos cegos.


O pior cego é aquele que não quer ver, não quer enxergar, ou muitas vezes, realmente, não vê.
O pior tipo de cego.
Muitas pessoas fazem questionamentos à Deus, todos os dias, sobre a sua vida. “Senhor, que caminho devo tomar?”, “Senhor, o que devo fazer sobre isso?”, “Senhor que atitude devo tomar com aquela pessoa?”. Essas pessoas ficam com os ouvidos abertos para a resposta de Deus e fecham seus olhos. E é aí, nesse momento, que Deus mostra a resposta para o sujeito, porém, de olhos fechados ele não vê. Diz que Deus não responde a ele, mas que continua esperando resposta.
Há, também, pessoas que buscam querer saber onde Deus está. Vão pra templos, reuniões, fazem o que é pedido (pois na maioria desses lugares dizem que o que você tem que fazer é porque é vontade de Deus, ou, o Senhor está ordenando) tomam sua dose daquele lugar buscando a sua resposta. E ainda assim, não conseguiram achar.

Deus haje nas nossas vidas, o tempo todo! O problema é que: a busca é feita da maneira errada. Você procura Deus da maneira errada. Já se perguntou se você tem feito as perguntas corretas? Ou se as perguntas ao qual você faz você quer determinar as respostas, e daí, se Deus te mostra o contrário é porque Ele não te respondeu?

O que acontece.
Na vida, Deus, nos comprova sua existente fazendo o contrário do que nós pedimos a Ele. Se Ele nos desse tudo o que pedimos, o mundo estaria mais perdido do que já está. Nas leis de Deus existe o merecimento, ou você acha que tudo é fácil? Mas o merecimento ao qual estamos falando não é aquele do “Mas eu trabalho, eu luto todos os dias para encher a dispensa de casa”, isso é ótimo! Significa que você está vivendo honestamente, mas ainda assim não é esse tipo de merecimento que estou falando. O merecimento ao qual estamos falando é o merecimento das mudanças.
Sim, Deus haje nos nossos defeitos, nas nossas fraquezas. Ele te desafia. Te joga lá embaixo para ver qual a maneira você vai usar para sair dali. Lembra quando dizem que “Deus dá o frio conforme o cobertor?”, pois então, Deus só coloca os desafios na sua frente porque sabe que você é capaz de enfrenta-lo. O que Ele quer saber é: De qual maneira você irá enfrenta-lo?
O João.
João era um cara trabalhador, de vida simples. Sempre correndo atrás de estar bem. Não terminou os estudos, porem, um homem de inteligência. Deveria ter feito direito, se tornado um grande advogado. Conheceu Aracéli, trabalhadora, de origem simples, até mais simples que João. Namoraram, em pouco tempo, se casaram. Tiveram três filhos.
João era um cara cético. Acreditava em Deus, mas sua família era de origem espirita e pra ele aquilo ali era tudo bobagem, besteira. Não acreditava em espíritos, dizia que é muito egoísmo do ser humano acreditar que morremos e voltamos. Aracéli já era de origem evangélica, criada em igreja. Por um certo tempo passou a acreditar em espiritismo, acreditava em anjo de guarda, Chico Xavier, cartas psicografadas, por um certo curto tempo, chegou até mesmo acreditar em Mãe de Santo. Mas, voltou á suas origens e voltou para a igreja.
João e Aracéli não se preocuparam em dar uma educação religiosa aos filhos. Nunca fizeram catequese ou crisma, nem frequentaram as igrejas, seja lá qual forem.
Com o passar dos anos, João foi passando por alguns tropeços em sua vida. As coisas começaram a não dar certo. E João começou um estudo na Bíblia. Decidiu que a partir daquele momento iria fazer apenas as coisas que Deus queria que ele fizesse e que seria um homem cristão.
Lúcio, o filho mais velho de João e Aracéli, já era um moço grande. Sempre muito convicto de sua fé, Lúcio, acreditava que Deus está em todas as partes, ele dizia que Deus está desde o raio do sol pela manhã, até a tempestade mais furiosa que eram feitas. Para Ele Deus era a vida, a natureza, os animais. Tudo.
Sempre foi um rapaz calmo, porem, muito julgado. Lúcio sempre falou o que pensa, desde muito cedo, sempre fez valer aquilo que ele pensava e por isso ele era julgado como “malcriado”. Mas com seu temperamento forte, ele nem se importava.
Um dia, Lúcio começou a namorar com Cecilia. Uma ótima menina, de boa família, educada e que gostava muito de Lúcio. Cecilia, no inicio teve receio de contar para Lucio que ela era que uma religião espirita chamada Umbanda, com medo de que Lúcio pudesse ter preconceito ou não querer mais nada com ela por conta disso. Ela já havia sofrido antes com isso e não queria sofrer de novo. Resolveu contar e ficou surpresa ao ver que Lúcio, apesar de não ter religião, conhecia o fundamento Umbandista e não se importava com a religião da moça. Porem, um receio. João e Aracéli.
O casal que no inicio até tinha gostado da moça, passou a não aprovar mais o relacionamento dos dois por conta das religiões. Joao explicava para Lucio que não daria certo, porque a moça sempre seria Umbandista e que seguir pelos caminhos de Cristo eram outros. Lucio não se importava com aquilo, sempre acreditou que Deus está em tudo, então, não existe uma religião chamada Deus. Todas as religiões tem Deus.
Mas as coisas não foram assim tão simples. João e Aracéli não aceitavam Cecila e piorou com tempo pois Lucio também começou a frequentar o terreiro. Lucio por um tempo ficou chateado com aquela situação, tentou reverter sem deixar de ser quem ele era. Mas percebeu que não resolvia. Lucio então continuou sua vida. Ouvia muitas coisas sobre perdão quando conversava com alguma entidade. Ouvia sobre o perdoar, perdoar a si próprio, ouvia sobre os degraus da vida. Que quando há uma pedra no caminho dessa pedra deve ser feito o degrau para a próxima etapa.

Deus vê a todos iguais. Ele não separa as pessoas por cor, raça, religião, bairro ou cidade. Nem se você é mais bonito ou mais feio. Pobre ou rico. Isso tudo é coisa criada pelo homem, para Ele todos são iguais.
João e Aracéli não ensinaram caminhos para Lucio, Lucio é um homem de muita fé. Para ele não precisava de religião para ter fé. Porem, os pais dele não aceitavam o fato de Lucio não seguir com as doutrinas que eles queriam que ele seguisse. Porem, depois de velho. O que se torna mais difícil quase que impossível.
Essa foi a forma de Deus agir na vida de João e Aracéli. Como manda uma das leis de Deus “Amai uns aos outros, como eu vos amei” Jesus Cristo não via diferença nas pessoas.
Justo quando João e Aracéli se encontraram em Cristo foi colocada esta prova à eles. Uma Umbandista dentro de sua casa, modificando até mesmo os pensamentos de seu filho. Deus agiu dessa forma para testar os ensinamentos nos seus filhos.
É como se Ele dissesse “Hum, então está bom, o estudo está indo bem agora quero ver na prática”.
Será que João e Aracéli, como cristãos que são, agiram certo?
Tomaram as melhores atitudes?
Se Deus quer ver amor e união entre as pessoas, independente de credo ou cor, será que Ele está satisfeito com a situação?

Para João e Aracéli, o filho se perdeu. Está fora do comportamento cristão. Desagrada a Deus. E a culpa disso tudo é a moça.
Tão cegos que são, João e Aracéli, não conseguem ver as coisas dessa forma. Uma prova de Deus. Acreditam que tudo seja muito fácil. Porem não é. Ele nos testa o tempo inteiro.
Deus está o tempo inteiro testando os homens nas suas falhas. Ele coloca o dedo justamente onde sabe que ali é a ferida do sujeito.
As principais chaves estão escondidas nos menores lugares que existem.

Os homens passam anos de sua vida debaixo de uma montanha procurando as pedras preciosas que ali são guardadas. As pedras são minúsculas, quase imperceptíveis, e muito difíceis de serem achadas, exige muita fé, muita determinação, muita esperança.
E depois de muito tempo que se busca é que se consegue achar.
Semear.
Paulo estava na pior fase de sua vida. Nada dava certo. Conseguia um emprego, mas não gostava. Conseguia outro, mas não pagava bem. Conseguia outra, mas era muito longe. Conseguia outro, mas o patrão era ruim. Paulo, já estava cansado de tudo aquilo. As contas aumentando e o dinheiro não dava. Ou comia ou pagava as contas.
Um dia Paulo conseguiu um emprego que ele até gostou, só que nó inicio não veria se quer a cor do dinheiro. Era um trabalho no sentido real da palavra: “Trabalho”.
Teria que se esforçar muito para conseguir ver o dinheiro.
Logo no inicio ele até pensou em desistir. Mas continuou insistindo.
Com o tempo, Paulo conseguiu reestabelecer sua rende e ajudar com os custos de casa. Deu para as contas, para a comida e ainda sobrou para o lazer.
O merecimento.
Muitas vezes entramos em situações e vemos alguma dificuldade ou não aceitamos alguma coisa. E de tanto cometer o mesmo erro, Deus nos coloca repetitivamente nessa situação.
Se acontecer uma vez, tudo bem, acontece.
Mas se acontece com muita frequência é porque alguma coisa está errada e aquilo está chamando nossa atenção. Daí entra a mudança.
Deus nos coloca sempre na situação em que fugimos. Para testar nossa determinação. Fé e coragem.
Mais uma situação onde a pedra no caminho deve se tornar o nosso degrau.





 Abrir os olhos e enxergar as pequenas coisas é ouvir Deus conversar com você.

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